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Bruna Araújo e Angel Souza

A ‘‘onda’’ que atinge milhares de brasileiros durante a pandemia

Atualizado: 11 de mai. de 2021

O mês da campanha Setembro Amarelo se inicia com uma abordagem diferente do cotidiano. Em contexto de pandemia mundial pesquisas relatam um aumento no número de pacientes com doenças psicológicas durante esse período no Brasil.

FOTO: Bruna Araújo

No cenário caótico atual o qual o isolamento social toma centralidade, o agravamento dos sintomas de diversas doenças e transtornos mentais, assim como o desencadeamento dos mesmos se tornou realidade na vida de milhares de brasileiros.


Uma pesquisa divulgada no mês de maio pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) em 23 estados e Distrito Federal constatou que nos atendimentos realizados desde março de 2020, 47,9% dos psiquiatras responderam que houve aumento nas consultas, chegando a cerca de 25% de crescimento em comparação ao período anterior.


A associação também concluiu que 89,2% dos profissionais atenderam pacientes que apresentaram agravamento de sintomas, em contrapartida 67,8% dos psiquiatras receberam pacientes que nunca haviam apresentado problemas psicológicos. Foi constatado juntamente que 69,3% dos profissionais atenderam pacientes que haviam recebido alta médica e houve o retorno de sintomas.


Em entrevista, a estudante de psicologia do UNIFACEX (Centro Universitário Facex) e Digital Influencer da cidade de Natal no Rio Grande do Norte, Heloisa Ramalho, revela que a temática da pandemia se encontra presente nos estudos e pesquisas hodiernas.


"Uma das reflexões, é sobre como o ser humano apresenta dependência de agitação", ressalta Heloisa.

O ser humano se depara com a necessidade de ressignificar o próprio cotidiano de vida. A sociedade, instituições de ensino, artefatos comunicacionais e afins, tiveram que se reconfigurar em seus diversos âmbitos. Em crítica ao sistema social, no contexto precário, a entrevistada aponta:


"Pela perspectiva psicológica, sócio-histórica e antropológica, percebe-se que a pandemia carrega diferenças e desigualdades. A pandemia não é e nunca será a mesma para todos"

Tomando esse posicionamento como norte, observa-se que uma grande parcela populacional assume os altos índices de morte em massa, por não terem acesso diário às necessidades básicas para sobreviver.


"Mesmo antes da pesquisa, já sabíamos que uma pandemia destas proporções traria consequências graves à saúde mental de todos" afirmou Dr. Antônio Geraldo, o presidente da ABP. O especialista também pontuou a importância do monitoramento dos casos como ferramenta de combate a alarmante onda de doenças psicológicas derivadas da COVID-19.


A ABP consciente do seu papel, forneceu orientações em sua página na internet através de informativos e conteúdos audiovisuais com a finalidade de auxiliar toda a população durante a pandemia.


Existem também além do CVV (Centro de Valorização da Vida), serviços de atendimento psicológicos online e totalmente gratuitos como o Psicologia Solidária, Humanidades 2020, além de projetos universitários prestadores do mesmo serviço.


A seguir, fotoilustrações que representam problemáticas e realidades oriundas da pandemia.


Confira as imagens no slide-show

 

FICHA TÉCNICA:

Fotografia e Reportagem: Bruna Araújo e Angel Souza

Pós-produção: Bruna Araújo

Monitoria: Oma Roxana

Supervisão Editorial: Rostand Melo


*Fotoilustrações na pandemia:

O Coletivo F8 optou por produzir matérias do gênero “ilustrações fotográficas” durante a pandemia como forma de manter a produção dos estudantes de fotojornalismo da UEPB respeitando os protocolos de distanciamento social. As fotoilustrações permitem ao fotógrafo criar uma cena com o objetivo de representar visualmente um tema ou pauta. O uso de objetos, cenários e, em alguns casos, edição de imagens é comum neste gênero

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