A preocupação com a preservação do meio ambiente ocasionou grandes debates sobre a indústria têxtil ao longo dos últimos anos. A indústria da fabricação de roupas é uma das que mais geram poluição.
Para atender a demanda de uma grande massa consumista é necessário uma produção em larga escala. Por trás disso estão os resíduos químicos do processo de fabricação, que são descartados muitas vezes de maneira inadequada. Além desse processo ser prejudicial ao meio ambiente, a mão de obra escrava não fica fora da lista dessa cultura do consumismo em excesso.
Comprar uma roupa muitas vezes pode ser sinônimo de mudança e investimento na auto estima. Mas e a origem desses produtos comercializados? Como são feitos? Qual o impacto que ele causa no meio ambiente? Quais são as condições de trabalho das pessoas que fabricam?
No mundo em que vivemos não podemos mais fechar nossos olhos para tais perguntas. E fechar os olhos para elas não é apenas egoísmo, mas também irresponsabilidade.
A fabricação de uma peça de roupa deixa uma grande marca, que vai desde o plantio, colheita e transporte do algodão, passa por todo o processo industrial e chega até o uso e descarte.
Segundo a pesquisa The Global Slavery Index 2018, da fundação Walk Free, divulgada recentemente, a moda é a segunda categoria de exportação que mais explora o trabalho forçado.
Agrotóxicos usados para o plantio do algodão, as tintas e outros produtos químicos usados na fabricação e os resíduos das roupas descartadas em aterros são os custos ambientais de uma peça de vestuário.
No mundo contemporâneo não faltam opções para minimizar esses impactos. Uma dessas opções são os brechós e bazares. Roupas que muitas vezes foram usadas uma única vez e descartadas. Roupas nunca usadas, compradas pelo simples prazer do consumismo e roupas desgastadas que podem ser customizadas e se tornarem peças novas.
Comprar roupas em brechó nem sempre foi visto com bons olhos. Usar roupas velhas e que já foram usadas por outras pessoas, para muitos parecia ser algo fora de cogitação. Essa prática se tornou comum nos últimos anos com todo debate sobre moda sustentável acontecendo.
Reutilizar essas roupas não significa só reduzir o impacto ambiental que indústria têxtil causa no meio ambiente e não contribuir com a mão de obra escrava. Significa também estar atento ao que é consumido e como é consumido.
Comprar roupas em brechó é apenas uma das mais variadas opções de praticar o consumo consciente e estar por dentro da moda sustentável.
Ao comprar uma nova peça você deve se questionar: “Será que preciso disso?” e depois disso buscar locais onde é possível comprar roupas de forma consciente. É nosso dever quanto consumidor ter consciência do que consumimos e de como esse produto chegou até nós.
Para saber um pouco mais sobre os looks e valores, passe a seta sobre a foto.
Confira mais imagens no slideshow:
Ficha Técnica:
Fotografia: Marcus Pedrosa, Wallington Cruz
Modelo: Samanta Rocha, Malu Teixeira
Monitora: Joyce Lima
Supervisão Editorial: Rostand Melo
*Produção realizada antes da pandemia e do início das medidas de isolamento social.
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