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Antônio Moraes e Elisa Bernardo

Fé inabalável? Como proibições e reaberturas afetaram a vida dos fiéis

Atualizado: 10 de dez. de 2021


Templo Espírita Vale do Amanhecer, Crato-CE

Não muito diferente de outras instituições, os templos religiosos foram pegos de surpresa com o fechamento repentino imposto pela pandemia da Covid-19 em março de 2020. Eventos foram cancelados ou adiados. Celebrações religiosas foram transmitidas ao vivo por meio de lives. Tornou-se cada vez mais comum para os fiéis montar um pequeno altar em casa para auxiliar durante ritos religiosos. Houve um ciclo de reaberturas e novos fechamentos. A maneira encontrada para manter algumas atividades foi a adaptação ao mundo virtual.


Mesmo depois de mais de um ano do início da pandemia, os brasileiros ainda sofrem com as consequências da quarentena que duraria apenas “15 dias”. Foi criada uma “trend” na internet que ironiza os quinze dias de quarentena, em que as pessoas contam tudo que viveram e o que mudou no último ano. Mas e a igreja, os templos religiosos e os seguidores das doutrinas, como estão? O que está acontecendo e o que mudou desde o início da quarentena?



Na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, situada em Garanhuns, interior de Pernambuco, eventos abertos ao público como a celebração de missas e reuniões de grupos como o Encontro de Jovens com Cristo (EJC), Encontro de Casais com Cristo (ECC), Terço dos Homens e a Legião de Maria tiveram que diminuir o número de participantes por encontro. Em alguns casos até cancelando para evitar aglomerações e o contágio em massa.


De acordo com Grazielle Pereira, 19 anos, jovem participante do EJC, os encontros e eventos cancelados foram necessários nesse momento tão conturbado para a população.


“Nós sentimos muito por não poder vivenciar isso pessoalmente, mas sabemos que o distanciamento social é essencial durante a pandemia. Além disso, houve algumas lives e, quando possível, estivemos presentes na igreja durante a celebração da missa. Com capacidade reduzida e distanciamento, claro!”

Para entender melhor como os fiéis estão se sentindo nesse momento, conversamos com uma frequentadora do templo espírita Vale do Amanhecer, localizado no município do Crato, no Ceará. Maria Clara Morais, estudante de medicina de 23 anos, frequenta o templo sempre que pode e apesar de concordar com todas as restrições para evitar o contágio, dá sua opinião acerca da necessidade de manter os templos religiosos abertos.



“Concordo com a abertura desde que tenha distanciamento e a capacidade reduzida, já que tudo está aberto. É muito importante reconhecer a importância da religião na vida das pessoas, no início da pandemia eu senti muita falta e fiquei muito ansiosa, para mim é essencial poder ir ao templo.”


Através do relato de Maria, é possível notar a importância dos templos religiosos na vida das pessoas. Para muitos é um estilo de vida, um refúgio, um lugar de paz onde encontram tranquilidade em meio ao caos que o mundo está passando. Faz-se necessária a reflexão acerca dessa questão, como fazer essas adaptações da melhor maneira possível.


ATUALIZAÇÃO - DADOS DA VACINAÇÃO


Atualmente, as medidas para o funcionamento dos templos religiosos são bem menos restritivas por causa do avanço da vacinação, que conta com 64,7% da população brasileira totalmente vacinada, segundo dados de 08 de dezembro de 2021 divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa. A expectativa é que de com o avanço na campanha de vacinação, as restrições diminuam cada vez mais e possamos voltar às ruas sem preocupação, mesmo que aos poucos.

 

FICHA TÉCNICA

Monitoria: Samantha Rocha

Supervisão Editorial: Rostand Melo



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