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Luana Lima e Vitória Soares

Educação: Bastidores das aulas remotas com crianças na pandemia

Atualizado: 11 de mai. de 2021



O mundo vem enfrentando uma pandemia, provocada pela Covid-19, por causa disso vários países entraram em quarentena, inclusive o Brasil, pois ficar em casa tornou-se a melhor forma de prevenir o Corona Vírus. Ações de distanciamento social foram iniciadas em março, comércios começaram a ser fechados e as aulas, das redes públicas e privadas, suspensas. A partir dessas mudanças consequentemente rotinas foram alteradas e a necessidade de adaptação em meio a pandemia se tornou essencial.


A educação foi um dos setores que sofreu uma das maiores mudanças, com as escolas fechadas e aulas paralisadas. Sem uma previsão de retorno, foi preciso uma nova adaptação de ensino. As aulas online, foi a ideia pensada pelos governos como uma solução para a educação em tempos como este. Mas como toda tomada de decisão tem seu novos desafios, a adaptação dos alunos à nova plataforma de ensino teve suas dificuldades, especialmente na educação infantil, que necessita de uma intensa participação dos pais.



Sabe-se que ser mãe não é uma tarefa fácil, exige cuidado, atenção e participação na educação dos filhos. Renally Almeida, natural da cidade de Serra Branca - PB, mãe de Ana Laisa (5 anos) e Nicolas (3 anos), nos mostra de perto essa realidade. “Minha vida é bem corrida, mas me desdobro para contribuir para o desenvolvimento da educação dos meus filhos”, afirma. Questionada sobre as dificuldades das aula remotas, ela responde:


“O que é mais difícil para nós enquanto pais é o tempo, sentar para se dedicar com os nossos filhos em relação a educação não é fácil, é uma rotina difícil, cansativa. Muitas vezes nem nós compreendemos e entendemos as atividades, então fica difícil de repassar. Mas, nós como pais temos que contribuir, passar por esse obstáculo que é a jornada diária e nos dedicar também aos nossos filhos".


Não tão diferente da realidade que Renally Almeida vive com seu filhos, Maria do Socorro, moradora da cidade de Queimadas-PB, vive em constante aprendizado com sua filha de 4 de anos, Maria Aparecida, A rotina a qual já estava se acostumando foi modificada, para não perder o progresso que sua filha tinha iniciado na escola, Maria do Socorro percebeu que além de ser mãe, teria que ocupar uma função a mais como educadora:


“Não somos iguais ao professores, mas tentamos ao máximo ajudar nesse processo”, disse Maria do Socorro.

Sua filha mais velha ficou responsável em ser a porta-voz na comunicação com os

orientadores da escola que ajudam nessa nova rotina. Os professores optaram por enviar sugestões de estímulos para um aprendizado mais fácil , como pinturas, desenhos, colagens, letras e números, sem a necessidade da vídeo chamada todos os dias. Essa comunicação é feita por aplicativos de mensagens, onde os professores acompanham os alunos e se mantêm informados das atividades realizadas por eles.



Maria Aparecida, Ana Laisa e Nicolas, são algumas das muitas crianças que estão se adaptando ao novo formato temporário de educação. Apesar da nova adequação e das dificuldades enfrentadas , as novas ferramentas ainda podem ser usadas para ajudar no aprendizado e no desenvolvimento das habilidades dos dos alunos.


 

FICHA TÉCNICA

Supervisão Editorial: Rostand Melo


*Fotoilustrações na pandemia:

O Coletivo F8 optou por produzir matérias do gênero “ilustrações fotográficas” durante a pandemia como forma de manter a produção dos estudantes de fotojornalismo da UEPB respeitando os protocolos de distanciamento social. As fotoilustrações permitem ao fotógrafo criar uma cena com o objetivo de representar visualmente um tema ou pauta. O uso de objetos, cenários e, em alguns casos, edição de imagens é comum neste gênero


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