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Covid: a luta de profissionais de saúde nas fotos de Ary Bassous

  • Arthur Bazante, Laura Almeida e Louyz Lourranna
  • 28 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de jun. de 2021


Foto: Ary Bassous / National Geographic


Com a pandemia, o jornalismo se voltou mais para a área da saúde devido o Covid-19, e isso não foi diferente com o fotojornalismo. Afinal, a pandemia mudou tudo, o Coronavírus e todos os assuntos relacionados se tornaram pautas frequentes e importantes no cenário atual. Devido ao distanciamento social, os fotógrafos procuraram uma maneira de se reinventarem, documentando o fato atual com fotos espontâneas.


Profissionais da saúde se dedicam ao máximo em seu trabalho com o aumento de casos da Covid-19. A fim de mostrar essa realidade, o cirurgião e fotógrafo, Ary Bassous, fotografou a sua rotina e de seus companheiros de profissão utilizando uma paleta de cores variantes entre o preto e o branco, simbolizando uma sensação deprimente de tristeza que o vírus trouxe à vida de todos.



Foto: Ary Bassous / National Geographic


No intervalo da paralisação das operações não emergenciais, com o auxílio de uma câmera fotográfica, o cirurgião começou a registrar o momento histórico do seu ambiente de trabalho. Além daqueles que estão na linha de frente em combate ao vírus, Ary fotografou pacientes que, de forma triste, passaram por sua vida durante a pandemia.


A narrativa fotográfica do ensaio é mostrar o dia a dia de médicos e enfermeiros do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF) e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ), além disso, o fotógrafo tenta conscientizar a população na luta dos médicos pela saúde do País.

Foto: Ary Bassous / National Geographic


As fotos selecionadas são de médicos e pacientes, tendo como objetivo mostrar a rotina de trabalho diante de uma pandemia. E apesar desse ensaio conter vários profissionais, ele segue o princípio de informar a população. Todos esses registros foram autorizados por aqueles que tiveram seu nome identificado e não houve nenhuma foto antiética ou quebra de normas; mantendo os cuidados devidos nas informações sobre as pessoas, com clareza e verdade.


Já o formato escolhido de apresentação foi o de fotorreportagem. Foram feitas fotos de: médicos, pacientes e equipamentos de trabalho. As fotos unitárias mostram acontecimentos dos profissionais em sua luta diária contra o Covid-19, e ao colocá-las em conjunto, elas contam uma história que, com o texto da autora, todas as informações se complementam, configurando a fotorreportagem.



Foto: Ary Bassous / National Geographic


Os relatos e depoimentos de seus pacientes e colegas médicos fizeram com que as fotografias documentais e cotidianas de Ary Bassous se transformassem em uma rica fotorreportagem da National Geographic, uma narrativa fotojornalista de imagens com auxílio de textos. Levando em consideração o lado criativo do fotógrafo, todas as suas fotos carregam num mesmo ambiente, sentimentos e histórias diferentes. Fotografias de pacientes com vidas transformadas, vidas recuperadas e, infelizmente, momentos de vidas perdidas.


Algumas fotografias chamam atenção como:




A fotografia da médica Nina Visconti, serve como uma foto notícia independente. A fotografia mostra a ela se olhando no espelho com o EPI. O momento do início da batalha dela, pode evidenciar o sentimento de estar pronta, preparada para salvar vidas; o mesmo se aplica a foto do médico Homero Siqueira dos Santos.


A fotografia de Juliana Ribeiro de Carvalho também serve como uma fotonotícia por si só. A fotografia foi tirada no momento que ela retira o EPI, após 8 horas de atuação, provavelmente no final do seu expediente. O seu rosto mostra a exaustão e o cansaço após sua participação na batalha diária contra a doença.


No mesmo dia, num intervalo de tempo, muitas coisas podem ter passado pela cabeça dela no momento da captura da foto. Um momento de agonia, de muita pressão, paciência, compreensão e sabedoria. Ela sabia que viveria momentos semelhantes no dia seguinte e precisava estar preparada para mais uma batalha.


Foto: Ary Bassous / National Geographic


O ensaio, feito há meses atrás, ainda é uma realidade de muitos profissionais da saúde que estão diariamente atendendo vítimas do vírus. Contabilizando mais de 149 mil vidas brasileiras perdidas e mais de 1.06 milhão de mortes no mundo, até o último dia 08/10/2020. Médicos e enfermeiros ainda estão batalhando incansavelmente para a recuperação de pacientes, se agarrando na esperança de que no fim tudo ficará bem e eles ainda estarão com vida, mesmo estando em contato com pessoas contaminadas.



Confira mais imagens produzidas por Ary Bassous para o National Geographic:

Foto: Ary Bassous / National Geographic

 

FICHA TÉCNICA:


Monitor: Manoel Cândido

Supervisão Editorial: Rostand Melo


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