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Ana Beatriz, Louise Viana e Roberto de Sousa

Brinquedos, pães de queijo e fragmentos de um encontro virtual

Atualizado: 30 de abr.


Para contar a vocês sobre nossa experiência na produção do material sobre Agda Aquino, é necessário voltar alguns meses, quando já pensávamos no tema ‘Maternidade e Mercado de Trabalho’, mas não tínhamos ideia do que fazer com ele, ou de quem entrevistar. Foi em uma das aulas expositivas do professor Rostand sobre ícones do fotojornalismo que ficamos frente à frente com também um ícone: Agda.


Na participação dela na aula, sua filha pequena, Íris, fazia algumas aparições breves e não hesitamos: tínhamos conhecido uma professora, fotógrafa, mãe e figuraça de nossa universidade. A oportunidade nos caiu como uma luva. Naquele primeiro momento, no entanto, uma série de medos e angústias nos cercavam: “Quem fala com ela?”, “Será se ela vai aceitar?”, “E se ela recusar, o que a gente faz?”. Entre nossas lágrimas antecipadas, ela aceitou, e foi uma fofa. Ufa!

Foto: Íris Aquino*

*Íris ganhou uma câmera portátil rosa de seus pais, na qual registra as pequenas coisas que cercam seu universo infantil.


No dia da entrevista, mais sufocos precederam o grande momento: “E se não conseguirmos deixá-la confortável?” “E se ‘bater um branco’ na hora?”, vários “e se’s”, e outro grande delírio de nossas cabeças. Conseguimos construir uma conversa gostosa de mais de uma hora, Agda se abriu para responder nossos questionamentos e naturalmente presenciamos a relação linda que ela tem com sua filha, que entrava quase sempre no quarto e a mãe não poupava esforços em equilibrar seu olhar na vídeo chamada e dar atenção a ela. Foi um momento que revelou mais do que esperávamos, e tudo saiu na mais pura naturalidade, acalmando nossas mentes ansiosas.

O intervalo entre a primeira entrevista, a construção do texto e a produção das fotos foi longo, quase quatro meses separam esses eventos. Esse processo também não foi fácil, precisamos remarcar nossos encontros, combinar horários e, principalmente, estruturar a entrevista e a sessão de fotos em um formato totalmente novo: o remoto. Nesse ponto, precisamos destacar a generosidade e empatia de Agda, sempre disposta a nos ajudar e nos proporcionando quase uma oficina de fotografia.

Foto: Íris Aquino*



Apesar da incompatibilidade de agendas, conseguimos marcar um dia e horário para a produção das fotos. Não negamos nosso nervosismo, estávamos ali, com uma professora, fotógrafa profissional, e apesar do contato incrível que tivemos durante a entrevista para o perfil, Agda nos intimidava um pouco. Toda a apreensão caiu quando entramos na chamada de vídeo. Antes mesmo de começar as fotos, Íris tomou conta da cena, nos levou (pelo computador) para seu quarto, conhecemos várias de suas bonecas e outros brinquedos, mas deixamos aqui nosso carinho especial para a Coruja, que se chama, claro, Coruja.



Após alguns minutos, foi dado o sinal de que podíamos iniciar a produção de nossas fotografias. O método era simples: dávamos as instruções que Agda precisava seguir para a captura de determinada foto e com o desenrolar do processo, surgiam mudanças em sua pose, alterada por ela ou por nós sugerida, ajustes no cabelo, que por vezes estava solto e em outros cliques preso, a busca de acessórios que encaixassem com o conceito das fotos e até a procura de cenários mais adequados. Ter que coordenar fotos feitas à distância foi uma tarefa desafiadora e, de início, amedrontadora, mas que nos permitiu vivenciar esse episódio tão bacana. Entre direcionamentos feitos pelos microfones de nossos computadores e uma forte interação que em alguns momentos parecia ser física, nosso ensaio foi finalizado.

 

FICHA TÉCNICA:

Texto dos bastidores: Ana Beatriz, Louise Viana e Roberto de Sousa

Supervisão Editorial: Ada Guedes e Rostand Melo



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