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Nickson Farias

Observatório: A pandemia e o cotidiano das comunidades de Fortaleza


Foto: Fábio Lima/O Povo

De fato, desde o advento da pandemia do Corona Vírus (Covid-19), entre o fim de 2019 e início de 2020, muita coisa mudou com relação ao modo como vivemos e nos comportamos. O portal Jornalístico O Povo Mais produziu em março de 2021 uma fotorreportagem retratando a realidade de três comunidades de Fortaleza no contexto atual do "mundo pandêmico". O fotógrafo Fábio Lima foi responsável pelos registros fotográficos da matéria, que foi complementada pelo texto da Jornalista Silva Bessa.


No slideshow acima podemos contemplar seis das fotos que compõem a reportagem. Elas foram feitas nas comunidades do Titanzinho, das Quadras e do Campo do América. O cotidiano comum das comunidades, atualmente, é um pouco diferente, porém, com a mesma essência. Crianças brincando nas ruas, varais por toda parte para estender roupas, os pequeninos ninando nas calçadas, sempre foram eventos comuns e corriqueiros nas mais diversas comunidades do país. Hoje, como vemos nas fotos, isso continua sendo feito, mas de forma diferente.


Confira mais imagens no slide-show:


Na primeira imagem, na abertura do texto, nota-se a criança andando de bicicleta, mas agora com uma máscara de prevenção do vírus no rosto, na segunda a circulação de trabalhadores, que continuam exercendo o seu trabalho, mas também usando máscaras.


Posteriormente, na terceira foto várias crianças se divertindo, também de máscara; na quinta foto vemos as ruas sendo usadas para estender varais, ainda vemos um bebê brincando com seu pai, que também está de máscara. Por último, podemos ver uma mulher higienizando algumas sacolas plásticas com álcool, para prevenção do vírus.


Claro que nem todas as pessoas estão de máscara, nem respeitando uma distância ideal nas fotos, mas até isso é uma realidade da pandemia. A luta pela conscientização das pessoas a respeito dos cuidados e comportamentos necessários para prevenir a doença sempre foi algo constante desde o início da pandemia, bem como a resistência de algumas pessoas em seguir os protocolos de prevenção exigidos. As fotografias narram muito bem o que estamos vivendo hoje, e mais especificamente como isso é vivido nas comunidades carentes, tendo em vista que os becos apertados dificultam a distância entre as pessoas também.


Todas as imagens são extremamente informativas e por si só passam a mensagem desejada. Nenhuma das fotografias foram tiradas aleatoriamente, percebemos a intenção do fotógrafo em retratar a realidade e informar as pessoas a respeito dela. Ainda pode-se notar uma sensibilidade incrível por meio de Fábio Lima para nos mínimos detalhes nos contar uma história, na medida que independente do texto da matéria, o leitor já consegue ser informado só por meio das imagens. As fotos também não chegam a expor ninguém, procurando sempre registrar várias pessoas reunidas e quando isso não acontece, o fotografo não foca nos rostos das pessoas.


Por fim, Fábio Lima nos traz uma fotorreportagem que cumpre bem o que é proposto e atinge os objetivos de informar sobre o contexto das comunidades na pandemia, além de respeitar os direitos de imagem das pessoas registradas e seguir os protocolos essenciais para segurança na pandemia, fotografando sempre a distância. A produção realmente não é feita da mesma forma, o modo como vivemos não é o mesmo, e nós podemos perceber isso muito bem quando lemos a fotorreportagem.

 

FICHA TÉCNICA

Fotografias: Fábio Lima

Supervisão Editorial: Rostand Melo


*Observatório de fotojornalismo:

O Coletivo F8 optou por produzir análises sobre produções de fotojornalismo realizadas e publicadas entre 2020 e 2021 como alternativa de manter a produção acadêmica dos estudantes de fotojornalismo da UEPB, respeitando os protocolos de distanciamento social. São analisadas fotografias publicadas em revistas, jornais ou portais de notícias e que abordam temas diversos, mas que foram produzidos no contexto da pandemia.

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