O contraste entre o luxo e a miséria nas principais ruas comerciais de Campina Grande durante as festas natalinas. Confira na crônica fotográfica da repórter Aluska Teberge, sob a inspiração da obra de Dorothea Lange.
A quarta-feira parece ser um dia comum de meio de semana para a maioria dos moradores de Campina Grande, na Paraíba. Motivados pelas festas de fim de ano, muitos vão às ruas comerciais em busca de presentes, roupas, acessórios e outros produtos que o comércio possa oferecer.
Dessa forma, chegamos à Maciel Pinheiro. Rua tradicional da cidade, desde que Campina se entende por cidade vanguardista, desenvolvida e como uma das referências do Estado. Lá, muitos vêm e vão. Passam, vendem e consomem.
Camuflados e distraídos por trás das lojas de grande nome e peso do comércio estão os catadores de papelão, os moradores de rua e os comerciantes ambulantes.
Confira a seguir mais fotos no slideshow:
Sempre acompanhados de suas carroças, eles vêm e vão em busca do seu sustento. Muitas vezes, com seus filhos no colo, ou sendo arrastados ao seu lado no entardecer do dia.
As ruas refletem a solidão, o cansaço e a determinação de pessoas que não desistem de viver, e lutam para comer. Para sobreviver! Seu trabalho é árduo e quase nunca recompensado como deve.
Quilos e quilos de papelão não rendem o valor monetário esperado. É preciso se esforçar mais. Mas a criança já chora no colo, ela tem fome. E mesmo tão pequena, parece já sentir as pancadas da vida de quem teve pouca ou nenhuma chance. De quem não teve outra alternativa.
É hora de voltar, mas o caminho é longo e reflexão é dura. Sendo assim, acabam por demorar na beira da estrada e contar o que sobrou.
Reportagem (Texto e Fotos): Aluska Teberge.
Colaboração: Dalisson Markel (Monitor da disciplina "Laboratório de Fotojornalismo").